Nesta quinta-feira, 5, o mundo celebra o Dia do Meio Ambiente. Na Encíclica ‘Laudato Si’, o Papa Francisco enfatizou uma grande preocupação da Igreja: o cuidado com a casa comum. Para que os recursos naturais não se esgotem, cada um pode fazer a sua parte.
Reportagem de Flavio Rogério e Gilberto Pereira
Em meio ao trânsito das cidades, as árvores sobrevivem. Seja produzindo oxigênio ou reduzindo a temperatura. Muitos rios ainda contêm águas cristalinas, que podem gerar energia ou abastecer milhares de pessoas. São exemplos de recursos que podem acabar, se não cuidarmos da Casa Comum.
A coordenadora da Pastoral da Ecologia Integral-Ref Sul 2 CNBB, Leticia Framesche explica: “a Casa Comum somos todos nós, seres humanos, natureza, fauna, flora, é tudo que Ele criou. A gente sempre fala: ‘pensar localmente onde estamos para refletir globalmente’. O que é esse globalmente? É a nossa Casa Comum, como o próprio nome já diz: nossa, minha, sua, comum, de todos nós”.
A Encíclica Laudato Si, publicada em 2015 pelo Papa Francisco, reforça a necessidade de ações concretas em defesa do meio ambiente, ao unir responsabilidade ecológica e compromisso social. A pastoral da Ecologia Integral do Regional Sul 2 da CNBB tem essa missão.
“Então não é apenas a questão ambiental, ela engloba também a questão social, econômica, eclesial, dentro dela, com foco, é claro, sempre no cuidado com a Casa Comum e também de todos aqueles que habitam nela”, completou a coordenadora.
Além de ser celebrado no meio ambiente em todo o mundo, no Brasil se comemora o Dia Nacional da Reciclagem. A coleta, separação e destinação de resíduos e embalagens é a forma concreta de contribuir com o cuidado da Casa Comum e zelar por toda a natureza.
“Então tudo que é embalagem pós-consumo, é feita uma coleta seletiva residencial e essas embalagens são destinadas para as 29 cooperativas que hoje existem na cidade de São Paulo. Uma simples mudança de atitude de reciclar e destinar de forma correta o seu resíduo, vai gerar emprego e renda, vai dá visibilidade para pessoas que antes estavam invisíveis e excluídas da sociedade”, destaca o presidente da COOPERCAPS, Telines Basílio.
Dezoito toneladas de materiais chegam todos os dias nessa cooperativa, que conta com 6 unidades na capital paulista. Centenas de cooperados contribuem com a reciclagem daquilo que é lixo para muita gente. Os resíduos se transformam em canecas, copos e outros itens.
“Aconselha-se a fazer a separação em duas frações, orgânicas e as embalagens pós-consumo, ou resíduo seco como a gente chama. Com certeza tem coleta seletiva, se não tiver a coleta seletiva, tem sempre um catador, e esse catador é a sua forma de sobrevivência. A gente precisa entender que os recursos naturais estão se esgotando, é muito importante a gente se atentar às questões ambientais”, concluiu Telines.